F.C. Serpa 3 - Corroios 3

Sistema Táctico - 1-4-4-2
Modelo estratégico no processo defensivo - marcação zona e no processo ofensivo - ataque pelo meio.


Capitão de equipa - Melão

Suplentes utilizados - Monteiro, Belinha, Tó Manel, Brito, Balico e Tó zé.

O futebol é uma ciência da intuição. Jogar bem é a arte de decidir bem, a cada momento e em qualquer jogo. Uma das regras básicas é confiar na intuição. É esta qualidade que nos diferencia dos simples microprocessadores.
A equipa de Corroios entrou muito bem no jogo e foi estrategicamente o conjunto mais forte. Na primeira parte dominou o jogo a seu belo prazer e com naturalidade chegou a uma vantagem de 0-3 e por mais duas vezes poderia ter aumentado. A sua estratégia esteve assente numa transição individual de uma condução queima-linhas feita por um jogador (o lateral esquerdo). Embora individual, esta opção tinha uma intenção colectiva, porque os outros jogadores continuavam a mover-se e a dar-lhe linhas de passe. Assim esse jogador assumia a criação de superioridades numéricas em determinadas zonas do campo. O resultado no final da primeira parte era de 1-3 a favor dos visitantes e diga-se de passagem com inteira justiça.
A segunda parte, trouxe um Serpa diferente, mais racional e disposto a rectificar o que tinha estado mal na primeira parte. Os laterais avançam então quase para o meio campo, adiantando-se mais o do lado em que sai a bola. O central fica, nesse momento, mesmo obrigado a saber sair com a bola, pois fica com terreno livre à sua frente. A outra opção seria um passe longo, mas essa não foi a opção que mais resultado deu e também não é a nossa filosofia de jogo ou seja tínhamos que privilegiar o jogo apoiado. Ver uma equipa iniciar a sua transição defesa ataque a partir do seu defesa central é uma nota de qualidade técnica. Porque só começando a jogar bem desde o inicio de construção, se pode, depois, ter qualidade no seu final.
O F.C.Serpa mandou na segunda parte do jogo e o adversário, não teve oportunidades de golo e quando isso acontece, a equipa que mais ataca, só pode conseguir os seus intentos. O resultado passou de 1-3 para 2-3 e já no período dos descontos o 3-3 com sabor a vitória. Não vou fazer referências individuais mais uma vez, mas seria injusto não premiar o jogador Brito, pelo compromisso que tem para com o grupo e foi ele o autor do ultimo golo da equipa. Por vezes o futebol tem muita injustiça, mas esta é de uma tremenda justiça. O jogador Brito sentiu isso no final do jogo e ficou claro que o futebol premeia os persistentes ........

Muitos cumprimentos,
Fernando Monteiro
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S.R.C.U.ALENTEJANO 1 - F. C. SERPA 2

A equipa do F.C. Serpa, alinhou da seguinte forma:
Sistema Táctico - 1-4-4-2
Modelo estratégico - Posicionamento horizontal da equipa no processo defensivo.



Capitão de equipa - Ricardo Mestre

Vou começar este comentário com uma interrogação. De um lado, uma equipa com muita dinâmica, do outro, uma equipa com um perfeito jogo posicional. Quem leva vantagem para controlar e dominar o jogo?
A segunda, não duvidem. Porque a base é o reconhecimento dos espaços. A estrutura onde assentam os pilares para fazer, depois, a equipa e seus jogadores moverem-se.
O F.C.Serpa sabia que tinha que ser realista e que estava muito limitado e por isso não podia entrar no jogo sem ter noção exacta da sua realidade.
No inicio do jogo ainda houve jogadores que acharam que poderiam discutir o jogo de igual para igual, mas depressa perceberam, que só com muita inteligência posicional, poderiam conseguir um jogo bem conseguido. Este facto tocou a equipa de Serpa, para rectificar a forma como estava a interpretar o jogo.
A partir desse momento, o equilíbrio foi mais notório e isso levou com que o jogo se dividisse muito a meio campo e de alguma forma longe das balizas. Desta maneira o F.C. Serpa respondia ao jogo com estratégia e o seu treinador opta pela forma de colocar a equipa em campo tendo em conta o adversário e a adaptação do seu modelo de jogo ás especialidades desse mesmo jogo. Pode-se mudar o sistema(estrutura) e a estratégia(alguns movimentos) e manter a identidade(a filosofia/modelo de jogo).
O contra ataque foi a arma utilizada e o aproveitamento das situações de bola parada poderiam decidir o jogo. A terminar a primeira parte o Serpa chegou à vantagem numa situação de bola parada (livre directo) e deu golo do jogador Chorão e desta forma mostrar ao adversário que estávamos ali para ganhar este jogo com inteligência.
A equipa, como ao jogador, a boa táctica liberta.
Na segunda parte o S.R.C.U. Alentejano, procedeu a muitas mexidas, ou seja, refrescou a equipa e também a tornou mais ofensiva. Do outro lado o Serpa fazia a gestão de esforço dos recursos disponíveis para a totalidade do jogo, ou seja, não podiam fazer alterações.
O S.R.C.U. Alentejano usou o chamado instinto primário de muitas equipas e treinadores: meter muitos jogadores ofensivos (avançados) e com esse facto acreditar que essa pressão lhe poderia dar a possibilidade de jogar muito tempo perto da baliza do F.C. Serpa, mas, em todos estes momentos estiveram sempre longe do golo - jogar com muitos avançados não significa, por si só, uma equipa forte a atacar. Apesar do S.R.C.U. Aentejano dominar a posse de bola, era o F.C.Serpa a equipa mais perigosa. Criou quatro ou cinco oportunidades de golo feito e foi mais uma vez de bola parada que o Serpa chegou à vantagem de 0-2 com mais um golo, desta feita de grande penalidade, primorosamente marcada por Chorão. O adversário chegou ao seu golo de honra através duma situação clara 1-2.
Fazer referências individuais neste jogo não é justo, porque os veteranos foram um exemplo como uma equipa compacta e unida pode conseguir superar as dificuldades do jogo......Bom desempenho para todos......

Fernando Monteiro


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